Eu não temo a ti, pelo contrário...
Se viesses, serias bem recebida, podes crer.
Não sei porque esse medo horrível
que as pessoas têm de ti.
Como se a existência fosse boa!
Como se ela não exigisse tanto
por uns momentos de prazer...
Talvez seja porque sempre te pintaram
com essa máscara horrenda,
escondendo tua face boa.
Eu não temo a ti.
Se viesses, morte, eu sorriria
e abriria os meus braços,
confiante,
para ti.
sábado, 19 de abril de 2008
terça-feira, 15 de abril de 2008
O que eu queria ser
Eu queria ser uma árvore
cuja sombra amiga,
descansa a pessoa cansada...
que, com seus frutos, diminui a sede e a fome,
e protege, entre seus galhos, a passarada...
Ou então, poderia ser um rio...
que corre tranqüilo a beira do caminho;
onde as crianças mergulham
depois de correrem sob o sol quente de verão...
De que vale essa forma humana,
cérebro e coração,
se não existe em mim poder imenso
para fazer tudo que desejo?!
Porque essas mãos vazias?
Eu as queria cheias de pão e leite
para com eles saciar a fome e a sede
de toda criança infeliz que encontro em meu caminho.
Queria estender as mãos
e, nesse gesto,
paralisar a dor que torna a humanidade aflita.
E, com um gesto também,
terminar pra sempre com o ódio e a incompreensão
que domina o coração humano.
Depois, criaria canções de amor,
encheria o mundo de música,
de paz, e poesia...
Mas, de que vale tudo isso
se sou apenas uma partícula perdida na imensidão,
e não tenho o poder que desejo ter?!
Por que não me fez árvore ou rio, Senhor? Por que???
Teus olhos
Gosto tanto dos teus olhos...
Teus doces olhos castanhos
que me olham com ternura
e me perturbam estranhamente...
Tenho medo dos teus olhos
quando presos a mim,
pois têm o poder de me deixarem embriagada
sem eu nada ter bebido...
Gosto dessa sensação de embriaguez,
quando me olhas docemente...
Ah! Como gosto dos teus olhos castanhos,
com seus poderes estranhos,
que entontecem...entontecem...
que quase me fazem adormecer...
Teus doces olhos castanhos
que me olham com ternura
e me perturbam estranhamente...
Tenho medo dos teus olhos
quando presos a mim,
pois têm o poder de me deixarem embriagada
sem eu nada ter bebido...
Gosto dessa sensação de embriaguez,
quando me olhas docemente...
Ah! Como gosto dos teus olhos castanhos,
com seus poderes estranhos,
que entontecem...entontecem...
que quase me fazem adormecer...
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Sou assim...
Sou dos outros diferente,
pois sinto profundamente
o que aos demais nada desperta:
a beleza da noite na rua deserta
ou os raios de sol entre as ramagens,
o vento sacudindo as folhagens....
Pequeninas coisas que escapam aos sentidos
daqueles que vivem eternamente distraídos
e em mim, vibram como acordes, intensamente...
Desejo de querer apaixonadamente,
alguém que se deixasse amar,
como sou capaz de amar:
com o corpo, alma e coração!
Inteiramente!
Integralmente!
Sem a mínima restrição...
pois sinto profundamente
o que aos demais nada desperta:
a beleza da noite na rua deserta
ou os raios de sol entre as ramagens,
o vento sacudindo as folhagens....
Pequeninas coisas que escapam aos sentidos
daqueles que vivem eternamente distraídos
e em mim, vibram como acordes, intensamente...
Desejo de querer apaixonadamente,
alguém que se deixasse amar,
como sou capaz de amar:
com o corpo, alma e coração!
Inteiramente!
Integralmente!
Sem a mínima restrição...
Num fim de tarde!
Esta tristeza em fim de tarde
(neste fim de tarde cinzenta e fria)
Este desejo impossível, esta ânsia do inacessível...
E a alma banhada de melancolia...
E o semblante calmo, profundamente calmo,
quase indiferente...
E o pensamento distante, vagando pela véspera...
Esta saudade grande de tua presença...
E este receio, quase medo, de não ser querida...
Este desejo dominável do teu carinho...
A vontade profunda de ouvir tua voz, em palavras de amor...
E, acima de tudo,
esta certeza de que te amo,
neste fim de tarde cinzenta e fria...
(neste fim de tarde cinzenta e fria)
Este desejo impossível, esta ânsia do inacessível...
E a alma banhada de melancolia...
E o semblante calmo, profundamente calmo,
quase indiferente...
E o pensamento distante, vagando pela véspera...
Esta saudade grande de tua presença...
E este receio, quase medo, de não ser querida...
Este desejo dominável do teu carinho...
A vontade profunda de ouvir tua voz, em palavras de amor...
E, acima de tudo,
esta certeza de que te amo,
neste fim de tarde cinzenta e fria...
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